quinta-feira, janeiro 11, 2007

paschoal alves pereira

Quando tinha dezoito anos se apaixonou por um português carregador de malas. Enquanto esteve em Coimbra vivia pelo gajo. Hospedada no hotel em que ele trabalhava, passava horas sentada em frente a recepção vendo o moço trabalhar. A cidade não importava, não conheceu.
No dia de ir embora, entristeceu. Deixava na pequena cidade o único homem que a faria feliz. Como despedida ele carregou sua mala.
Mais tarde, em Lisboa, numa legítima casa de fado, caiu em lágrimas ao ouvir os tristes lamentos portugueses. A música a arrebatava de uma maneira que nunca tinha experimentado antes. Era fato: sua alma era portuguesa, era Paschoal Alves Pereira.

2 comentários:

Hannah Beineke disse...

Texto interessante...
Seguidas vezes me pergunto se realmente temos um lugar certo no mundo...
você mesma escreveu ou leu em algum lugar?

Gabriela Cordaro disse...

Eu mesma escrevi. Obrigada Hannah