quarta-feira, janeiro 10, 2007

grajaú

Engajada em projetos sociais foi parar no Grajaú, o bairro de sua diarista.
A caminho do novo trabalho, percorria o trajeto diretamente oposto ao que tinha acabado de ser feito pela diarista. O percurso era o mesmo só que invertido. Uma de ônibus, outra de carro. A paisagem ia mudando, ficando feia.
Embora observada de ângulos diferentes, as duas passavam pela Praça Moscou.
Praça Moscou. Para uma, Moscou era apenas um nome; quem sabe um lugar no mapa? Para a outra era lugar visitado, com cheiro e cor definida, um lugar de lembranças e estórias vividas.
E a vida corria hipócrita na zona sul da cidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quando se tem a oportunidade de usar lentes coloridas, o mundo fica uma maravilha. Mas há aqueles que nascem e morrem sem poder, ao menos, enxergar... Gostei do texto!