sábado, dezembro 22, 2007
crua
rascunhos
Eu vi um espetáculo que falava dela. 02/12/07
Buena dicha. 21/07/07
Comprei um chapéu vermelho no centro da cidade. 04/03/07
quarta-feira, dezembro 05, 2007
canção dos 17
Hoje precisando gastar energia fui me consumindo e querendo dançar no corpo dos outros. Lembrei da minha canção dos 17 e de como comemorei meu aniversário de 17 anos no dia 17. Lembrei que meu pai me deu 17 rosas vermelhas. E de como eu não queria que meu namorado de quando tinha 17 anos, estivesse presente na minha festa de 17 anos. Não cabia um outro homem senão o que me salvaria, o que me redimiria. Mas ele foi, comeu um pedaço do bolo de maracujá e não me redimiu. Ainda hoje acredito que um homem me redimirá. Sei que não é possível, mas lá bem longe onde meu peito canta a minha canção dos 17 espero o meu salvador.
Hoje precisava gastar energia como cão que fica trancafiado dentro de casa. Saí a rua e meu maior ato de violência possível foi pisotear uma bexiga branca que estava abandonada na rua.
sexta-feira, novembro 30, 2007
sobremesas afetivas
Porque pudim de leite e pinholata são fundamentais! Parte do meu legado familiar e ninguém faz como elas.
Lambuzarei meus dedos e minh' alma com prazer e devoção! Amém avós! No Natal me permitirei ter esperança e um gosto doce na boca. No dia em que o Cristo nasceu a esperança de amor e paz entre os homens se renova também, e é doce como doce de vó.
clarice lispector
quinta-feira, novembro 29, 2007
domingo, novembro 25, 2007
água viva
Cresceu e foi morar numa casa amarela. Os três primeiros anos de morada foram repletos de acidentes que destruiram pintura de parede e a estante de livros: era a chuva que furava a barreira das portas e alcançava o interior da tal casa amarela, a banheira que vazava água pelos azulejos, o filtro de água que fazia música com o respingar das gotas, além das infinitas mangueiras quebradas pela violência com que a água pedia pra sair naquela casa.
Nos últimos tempos, como se não bastasse, deu pra sonhar com alagamentos. Sonhava que vivia numa terra-oceano, onde em horror e devaneio sua pele virava escama. Acordava assustada e ia tomar banho. Limpava com dedicação cada pedacinho de seu corpo. Tomava então um copo d' água e tentava desesperadamente voltar a dormir.
Esse quase-conto não tem fim porque essa mulher sou eu. E acaba de acordar de mais um aguaceiro. Clamo por ajuda e peço auxílio dos bombeiros pois o homem que dorme ao meu lado, o mesmo que um dia em criança quase incendiou a área de serviço do apartamento de seus pais, sonha nesse instante com chamas e labaredas.
domingo, novembro 18, 2007
prosopopéia
adolescentes
Ela: (risos). Acho que não tem quase nada meu que você não saiba. Sem graça, né?
Ele: Dúvido.
Ela: Hum...
Ele: Vai.
Ela: Já sei.
Ele: Conta!
Ela: Era dramática quando pequena, me escondia na cozinha pra experimentar me matar com faca de requeijão.
Ele: Ninguém experimenta se matar. É mata ou não mata.
Ela: Eu experimentava, não era uma tentativa séria e nem eu era uma criança suicida. Porque a gente é da vida, né? Mas queria ver o que aconteceria se eu morresse.
Ele: Mas você não morria e o que acontecia?
Ela: Ficava com medo de mim.
Ele: Eu sempre me imaginava morto. Me via no túmulo e toda minha família ao redor chorando por mim.
Ela: Quando eu tava na quinta série, minha amiga Júlia sonhou que eu morria e que só ela ia no meu enterro. Nunca esqueci disso.
Ele: Nunca tentei me matar e acho esse tema cansativo. Viadagem.
Ela: Mas tem gente que sofre de verdade.
Eles: (silêncio)
Ela: Agora você, um segredo que eu não saiba.
Ele: De verdade? Você vai achar que já disse isso mil vezes e que não é segredo, mas desse jeito crescente...
Ela: Fala.
Ele: Eu te amo e é agora.
quinta-feira, novembro 15, 2007
cravou o punhal no coração do inimigo
Então, sonhei que retornava a minha terra natal e que lá, em praça pública, travava um duelo de facas e lanças. Eram 2 contra 2. Um homem estava ao meu lado e lutava comigo contra aquela espécie de coronel do agreste, acompanhado de seu capanga. Era agressiva. Tinha medo e coragem. Matava aquele bicho-homem que me acompanha só por me chamarem como me chamam, Gabriela. E ter o cheiro de cravo e a cor da canela.
terça-feira, novembro 06, 2007
dengo
sábado, novembro 03, 2007
déjà vu
sábado, outubro 13, 2007
borgia
Gabriela mais Cordaro do que nunca.
terça-feira, agosto 28, 2007
o pé
carandage
Uma vez um homem bronco olhou a caixa e, com desdém e mau humor, fez pouco das cores e dos lápis da menina: "Pra que tantos, uns 10 lápis já nao seriam suficientes?". A menina não gostou e saiu de perto daquele homem. Muitos anos depois, a resposta se faria e engasgada sairia do coração da menina: "Servem para pintar os campos de girassóis e trigo de Espanha. E a matiz é aquela que vai do verde ao amarelo e são infinitas as delicadezas de cores de campos tão áridos e a possibilidade de brotar coisa mais viva como um girassol".
Para minha irmã Juliana, com amor e saudade.
segunda-feira, agosto 06, 2007
brahma, vishnu e shiva
Sevilla. Plaza de España.
quarta-feira, agosto 01, 2007
requena
duende
recuerdo
domingo, julho 29, 2007
domingo, julho 15, 2007
o que tinha de ser
véspera
sexta-feira, julho 13, 2007
quinta-feira, julho 12, 2007
quarta-feira, julho 11, 2007
segunda-feira, julho 09, 2007
"torvelinhai, torrentes do ar"
domingo, julho 08, 2007
cor-de-rosa antigo
Percebeu que, por pura falta de entendimento, prendeu a alma de uma pessoa à sua vida. Era novinha e aprisionou a alma de um homem à sua. Julgava que ele fosse seu. Não era. Era outro o seu homem. Escreveu, então, um bilhete. Dobrou-o bem dobradinho e deixou-o no banco do metrô.
Mais tarde alguém lia:
"Te liberto para seres o que és. Exatamente do teu tamanho. E desejo sorte".
De qualquer forma a mensagem teve serventia.
sexta-feira, julho 06, 2007
teste
Era uma vida sem volta. Cada escolha, um salto pra novidade.
Era uma vida de ficar esquecido no teleférico no meio da neve como uma vez me contaram. A neve cortava seus lábios ressecados e o teléferico se fazia parado para que uma atitude fosse tomada. Era um salto sobre as montanhas geladas. O risco de cair num pedaço de rio congelado e se tornar geleira para todo o sempre. Era como encontrar um alfinete no fundo da gaveta quando se precisa dele, essa era a vida daquele homem.
Esquecido no teleférico, esquecido no dia-a-dia. Como se com esses pequenos e fatais acontecimentos, ele tivesse que lembrar à natureza a todo instante que também existia. Existia e sua trivialidade se fazia de dias extraordinários. A inconseqüência era comum a ele, mas ele mesmo não era inconseqüente.
Como se ali, parado e quase congelado, tivesse que provar e merecer sua existência. Seus dias eram de encontros perigosos com leões ferozes a toda hora. Sabia manter a calma, não se assombrava, tudo aquilo fazia parte de sua condição nunca antes imaginada.
Ali, sozinho, a escuridão chegou. E a neve, cada vez mais espessa o provocava para que fizesse alguma coisa. Ele fechou os olhos e se preparou para saltar em direção ao inesperado.
Do céu se ouviu então uma imensa gargalhada de um deus gordo e espirituoso. E a noite se fez dia e a imobilidade do teleférico se fez movimento. Agora, deus celebraria seu filho com uma grande taça de vinho.
quarta-feira, julho 04, 2007
método
segunda-feira, julho 02, 2007
omaggio
Bandiera nera la vogliamo: No!
Perché l’é il simbolo della galera
Bandiera nera la vogliamo: No!
Bandiera bianca la vogliamo: No!
Perché l’é il simbolo dell’ignoranza
Bandiera bianca la vogliamo: No!
Bandiera rossa la vogliamo: Si!
Perché l’é il simbolo della riscossa
Bandiera rossa la vogliamo: Si!
Avanti popolo alla riscossa!
sábado, junho 16, 2007
mentora
o livro das mutações
sexta-feira, junho 15, 2007
nome duplo
argila
segunda-feira, junho 11, 2007
11 de junho
par
Ela era só. E sabia que os ouvido são onipresentes. Ouvidos não têm escolha, não se fecham como os olhos ou como a boca. Então, ela ouvia. Ouvia sobre livros, filmes, músicas e esportes.
Eram a perfeição.
verbo
sexta-feira, junho 08, 2007
corpo do texto
Quero escrever como quem dança e dançar como quem escreve.
terça-feira, junho 05, 2007
"acordei que sonhava"
segunda-feira, junho 04, 2007
carta a uma pessoa querida
intrépido garçom
journey in satchidananda
sábado, junho 02, 2007
menina azul
É só clicar que ela aparece.
impressionismo
sexta-feira, junho 01, 2007
minha avó é uma sereia
Ir a casa dela era fácil e eu adorava. Podia chegar lá sozinha sem interferência de pai ou mãe. E passava lá quase todas as tardes. Ela deixava (e ainda deixa) que eu mexesse em suas bijuterias, perfumes e, por vezes, até abria seu território sagrado, onde ficavam muito bem guardados os casacos de pele de minha bisavó.
Minha Julieta (esse é o nome dela) é das pessoas mais vidosas que conheço e quando minha mãe era pequena, era dona de um salão de beleza que funcionava em sua própria casa mesmo.
Nas tardes em que passavamos juntas, vez por outra, ela pegava a tesoura e cortava um pouquinho meu cabelo. Minhas visitas eram frequentes e para desespero de minha mãe, os cortes também! Uma franjinha aqui, uma costeleta acolá, uns três dedinhos a menos, um curto radical e minha vida capilar era a mais movimentada dos meios infantis por onde andava.
quinta-feira, maio 31, 2007
breve saberás
ilustre (des)conhecido
ilustre desconhecido
segunda-feira, maio 28, 2007
experimento cientifico
Rasgada assim, gosto do que vejo.
sábado, maio 05, 2007
quarta-feira, abril 18, 2007
dona benta
Amigas, sei que vocês também são aflitas e que às vezes o frango queima também.
sábado, abril 14, 2007
norma jean baker
Falta de habilidade.
Ofereço dúvidas.
Este não texto tem vontade de se expor. Obedeço. Mas peço desculpas, porque ainda quero que gastes teu tempo comigo. Minha fragilidade se faz e desfaz em desculpas. Na verdade, queria mesmo ser Marilyn Monroe.
Embora saiba que mesmo Marilyn, era no fundo Norma Jean Baker.
domingo, abril 01, 2007
quarta-feira, março 21, 2007
cuspirei sangue
agridoce
Já foi, e ainda é, em parte, bailarina de bolo de aniversário. Mas a bailarina segura, lá no fundo, uma serra elétrica que tira sangue de quem passar pelo seu caminho.
quinta-feira, março 15, 2007
sábado, março 10, 2007
aurélio
Tantos significados bonitos! Torpor, por exemplo, pode significar "indiferença ou inércia moral" e ainda "ausência de resposta a estínulos comuns".
Aurélio, i love you!
nó
quarta-feira, março 07, 2007
não sei
Um "não sei" sem olhar para trás e sem medo do que um "não sei" possa causar.
terça-feira, março 06, 2007
segunda-feira, março 05, 2007
giuseppe
cabeça feita
o homem mais misterioso do mundo
Logo descobri que gostar de Chaplin era uma maneira de me aproximar dele, então ria alto com as trapalhadas de Carlitos para que todos, e principalmente ele, soubessem que o programa também me agradava.
Lembro que no último Natal que passamos juntos, ele rompeu a barreira de seu solene silêncio, e dançou break por horas a fio.
Detalhes que contam quem era meu avô: ele tinha um despertador vermelho e uma estátua de um menino jornaleiro, não tirava seu roupão azul-marinho, torcia para o Palmeiras e desenhava muito bem.
Minha avó fazia deliciosas comidas para festejar meu avô. Íamos sempre almoçar na casa deles e para beber tinha sempre água tônica, que eu detestava e achava uma bebida fracassada. Meu pensamento de criança não concebia que um quase-refrigerante-de-adulto fosse tão sem graça e sem gosto!
Um dia, numa manhã de final de semana, meu pai chegou abatido e disse que o "vovô Tó" tinha morrido. Ouvi a informação sem muito entender e voltei a brincar. Só que a partir daquele dia, a brincadeira mudou, brincava de procurar meu avô pelas ruas por onde passava. Nisso não havia morbidez, era um pensamento simples e objetivo: precisava encontrar meu avô que tinha desaparecido. E nessa procura havia o pragmatismo de uma criança com um forte objetivo.
Só o encontrei anos mais tarde reassistindo aos filmes de Chaplin. Aliás, tenho até hoje a sensação infantil de que meu avô é o próprio Charlie Chaplin.
domingo, março 04, 2007
anunciação
A rua de sua nova casa era casualmente a mesma em que, sete anos antes, quase fora atropelada.
Outra vez ficara presa num elevador por mais de duas horas. Um ano depois aquele mesmo elevador tornou-se trivial, o meio de chegar ao apartamento 51, onde morava M. P.
Um dia teve uma vontade repentina de comprar um cacho de bananas na Rua do Ouvidor. Essa vontade soou-lhe estranha, morava sozinha e jamais conseguiria comer tudo aquilo. Com a carteira na mão, prestes a pagar pelo cacho, foi roubada. Teve medo; percebeu o que ocorria.
A partir daquele dia, toda vez que passava pela Rua do Ouvidor, observava cuidadosamente o chão por onde seguia e desviava com destreza de cascas de banana.
sábado, fevereiro 17, 2007
definitivo
do grotesco ao sublime
intervalo
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
segunda-feira, janeiro 29, 2007
lágrimas laranjas
domingo, janeiro 28, 2007
adolescendo
Sofro porque o homem mais incrível que o gênero humano já produziu está morto.
Mas pelo menos ainda existem chocolates, o rosto e a voz dele em dvds e tardes vazias de domingo.
linha curva
quinta-feira, janeiro 25, 2007
terça-feira, janeiro 23, 2007
clarice e gatos
Marina Colassanti: Você disse que é um animal. Você é algum animal determinado?
Clarice Lispetor: Não, não me sinto não. Os outro é que me achavam com ar de tigre, de pantera. Outros me achavam parecida com uma garça, por causa das pernas compridas... Quando eu era pequena, eu tinha gato que não acabava mais...
Marina Colassanti: As pessoas devem achar que você é meio felina por causa dos olhos, mas não é não. É porque você tem um comportamento interno e uma observação constante que é dos felinos.
Clarice Lispector: É, eu concordo. Com aquilo que eu conheço dos gatos, eu concordo.
Eu também concordo Clarice.
história de uma gata
O curioso é que isso só acontece à noite, o dia serve para ela descansar da noitada que passou. O mais bonitinho é a carinha incrivelmente safada com que ela volta. O que ela viveu, eu não sei, mas tenho uma curiosidade enorme. Como toda mãe (ops...) superprotetora fico aflita até que ela volte. Os perigos são imensos: ratos envenenados, vizinhos que não gostam e maltratam gatos, carros apressados pela madrugada e toda gama de exageros que a superproteção pode inventar.
Fellini, o gato macho e irmão de Giulietta, também fica preocupado, mia incessantemente até que ela volte. Ele não sai pra rua. É o filhinho da mamãe (ops...), vive grudado em mim e até faz greve de fome quando eu não estou e devo confessar que adoro esse grude. Enquanto isso, Giulietta canta sua liberdade pelos telhados do bairro com outras gatas extraordinárias.
Para encerrar, filosofia barata: a gata fêmea guarda em si o arquétipo da mulher selvagem, enquanto ela sai pra vadiar, o gato macho fica chorando seu abandono. Meninas, precisamos olhar mais pra natureza que é realmente sábia!
domingo, janeiro 21, 2007
o desaparecimento de helena m. castro
Pouco a pouco foi esquivando-se de seu trabalho como jornalista e virou dona-de-casa. Era caprichosíssima. De forno e fogão, fazia do trivial ao requintado. Sua casa brilhva e cheirava bem, as roupas limpas, os armário ordenados, os tapewears separados por cores e tamanhos. Vieram os filhos e sua vida de dona-de-casa tornou-se ainda mais completa.
Estranhamente começou a sofrer de obstipação intestinal (prisão de ventre para ser direta). Uma argentina amiga sua, comentando o caso, disse que tinha um curioso livro sobre Psicosomatismo, " desordenes ó desequilibrios del cuerpo causados por la mente", e se prontificou a emprestá-lo. Achou tudo aquilo uma grande bobagem e ofendeu-se com a ousadia da amiga em querer saber mais dela do que ela própria. Não aceitou o livro.
Um dia aconteceu: aspirava meticulosamente sua casa como de costume e com a face de quem se resignou a não perceber, foi sugada pelo aspirador de pó e desapareceu completamente.
terça-feira, janeiro 16, 2007
segunda-feira, janeiro 15, 2007
battute italiane
-Lo sai cosa fa un asino al sole?
-No.
-Un asino al sole fa... ombra!
2
-Cosa fanno dieci galli sottoterra?
-Non lo so.
-Diece galli sottoterra fanno una... galleria!
3
-Qual è la differenza tra un matematico e Elvis Presley?
-Qual è?
-Il matematico conta, Elvis Presley canta!
INCRÍVEL!
onipresença
domingo, janeiro 14, 2007
bastidores da alma
Sinto as batidas do coração de Fellini.
Duas borboletas secam as asas sob nossos olhos.
Azaléia cresce mais um pouco.
O papel higiênico do lavabo acaba.
Duas borboletas entram em casa, Giulietta quebra as asas de uma delas.
Sinto as batidas do coração dele.
A fenda do meu vestido rasga.
O papel higiênico do banheiro de dentro da casa também acaba.
Carambola não tem graça se não for cortada como estrela.
Carambola sempre tem graça na companhia dele.
Rimos caçando uma barata.
Olhar sério que antecede um sorriso.
quinta-feira, janeiro 11, 2007
questão de ordem
paschoal alves pereira
No dia de ir embora, entristeceu. Deixava na pequena cidade o único homem que a faria feliz. Como despedida ele carregou sua mala.
Mais tarde, em Lisboa, numa legítima casa de fado, caiu em lágrimas ao ouvir os tristes lamentos portugueses. A música a arrebatava de uma maneira que nunca tinha experimentado antes. Era fato: sua alma era portuguesa, era Paschoal Alves Pereira.
quarta-feira, janeiro 10, 2007
intensa vida social
grajaú
A caminho do novo trabalho, percorria o trajeto diretamente oposto ao que tinha acabado de ser feito pela diarista. O percurso era o mesmo só que invertido. Uma de ônibus, outra de carro. A paisagem ia mudando, ficando feia.
Embora observada de ângulos diferentes, as duas passavam pela Praça Moscou.
Praça Moscou. Para uma, Moscou era apenas um nome; quem sabe um lugar no mapa? Para a outra era lugar visitado, com cheiro e cor definida, um lugar de lembranças e estórias vividas.
E a vida corria hipócrita na zona sul da cidade.
marido
segunda-feira, janeiro 08, 2007
casa de vó
ego trip
Pelo egoísmo nosso de cada dia.
Ansiedade gritante por um ajuste mais prazeroso, mais de encontro com as almas.
Lavar as mãos? Não quero, não consigo, não acredito nisso. Não lavo as minhas.