domingo, maio 30, 2010

ar

O quarto ensolarado ainda existe, mas não existo mais dentro dele. Meu corpo se descolou daquela cama. No dia de ir embora, minha alma ainda queria ficar no edredom branco quentinho. Eu a comprimi entre meus dedos e não a deixei escapar. Levei ela comigo e te deixei junto ao quarto: ali sozinho.
Minha alma ainda pede a sua; mas alma, como criança, precisa de limite!
E foi assim que segui muda, calada, sozinha.

2 comentários:

Carla Kinzo disse...

Ai que coisa mais linda este texto.

Carla Kinzo disse...

Ai que coisa mais linda do mundo este texto.