um pequeno amor
A menina percebeu que aquele beijo não era seu. Gestos, palavras, olhares e apelido carinhoso não eram dela e nem eram pra ela. Eram pra qualquer uma. Qualquer uma que coubesse na agenda compromissada dele, qualquer uma que quisesse ouvir de perto a voz melodiosa daquele homem. Ela, então, entendeu: alguns homens sofrem de amor a si mesmos. E um homem assim jamais poderia ser seu. Seu amor era religioso e devocional. Foi o último capítulo de uma história longa e difícil, com um final travestido de infeliz ( porque era um presente livrar-se de um romance assim). Agradeceu um pouco doída, peito ainda apertado. Iria passar. E ainda havia o grande salto a se dar - para bem longe do homem de palavras e poesias fáceis.
segunda-feira, janeiro 18, 2010
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4 comentários:
num livro li: quando dizemos "eu te amo" significa "eu me entrego".
Algo como estender uma bandeira branca, sair do esconderijo com as mãos para os altos
num livro li: quando dizemos "eu te amo" significa "eu me entrego".
Algo como estender uma bandeira branca, sair do esconderijo com as mãos para os altos
E la nave va...
Per dove? Chi sa?
Quello che veramente importa è continuare, ogni giorno, cercando il delicato fiore della felicità nelle picolle cose di questa lunga strada...
Parece que eu me leio aqui.
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